Uma escola de Kazan, no sudoeste da Rússia, foi palco de um tiroteio que deixou sete estudantes do oitavo ano e um professor mortos nesta terça-feira, 11. Segundo o Ministério da Saúde de Tatarstan, outras 21 pessoas tiveram que ser levadas para hospitais para receberem atendimento médico. Com exceção de três adultos, todas elas eram menores de idades e seis estão em unidades de terapia intensiva. O governo da região afirmou que o ataque iniciado às 9h30 do horário local foi efetuado por um ex-aluno de 19 anos que agiu sozinho, contrariando a informação divulgada anteriormente pelos veículos de imprensa russos de que um segundo atirador também teria agido. O único suspeito, que tinha permissão para portar a arma que utilizou no crime, foi detido pelas autoridades locais ainda no perímetro da escola. Sua identidade ainda não foi revelada, mas o Comitê de Investigação da Rússia esclareceu que se trata de um morador da região e que a hipótese de terrorismo já foi descartada. No momento do ataque, havia 714 alunos na escola, além de cerca de 70 funcionários.
O presidente da Rússia, Vladmir Putin, expressou condolências às famílias das vítimas, desejou uma rápida recuperação dos feridos e ordenou a revisão da regulamentação sobre os tipos de armas permitidos para uso civil. Apesar de incidentes como esse serem relativamente raros no país, existem alguns precedentes. Em 2018, um estudante do ensino médio realizou um tiroteio que deixou 19 mortos dentro de uma escola em Kertch. Na ocasião, Putin culpou a “globalização” pelo ataque, dizendo que esse tipo de crime era proveniente dos Estados Unidos.
Em 2019, um aluno matou um colega e feriu outros três antes de se suicidar em Blagovechtchensk. Em 2020, os Serviços de Segurança (FSB) conseguiram deter dois jovens de 15 anos que faziam apologias à violência e ao suicídio nas redes sociais e planejavam atacar uma escola em Saratov.