Considerado um dos maiores sanfoneiros do Recife, Beto Hortis levou alegria e descontração aos pacientes do Hospital de campanha do Recife, instalado no Hospital Alfa.
O entusiasmo não ficou só por conta dos pacientes, como também de todos os funcionários e mesmo com a notícia de que será mais um ano sem os festejos juninos, por conta da pandemia da covid-19, os corações dos poucos pernambucanos ali presentes foram contagiados pela presença marcante do artista.
Sempre envolvido com ações que propagam a cultura nordestina, o sanfoneiro não perdeu tempo e foi, em ritmo de forró, levar um pouco de alegria e muita descontração aos pacientes e funcionários da área de saúde.
Sempre acompanhado pelos médicos e enfermeiros do hospital, Beto entrava de leito em leito para que nenhum paciente ficasse de fora da festa. Nos corredores, cantaram, bateram palmas e deram conforto aos que estavam internados.
Ao Portal Cidade Livre, o cantor declarou que “ama fazer ações desse tipo, levando alegria aos profissionais da saúde e principalmente aos pacientes que vivem ali um momento de tensão sem poder ver a família”
Fã declarado de Dominguinhos, o camaragibense Beto Hortis começou a tocar influenciado por seu avô, que também era instrumentista. Sempre prestigiando a cidade natal, em épocas de festejos juninos ele transforma a rua onde mora num imenso palhoção e convida outros artistas locais para subir ao palco com ele.
“Fico muito feliz em participar desse momento. Já participei de outras ações como essa em tempos atrás, mas agora, por conta dessa pandemia, a alegria foi maior e se precisar novamente levar alegria aos pacientes do hospital, como também para os profissionais que vivem nesse corre corre, nessa pressão, podem chamar que faço com muita satisfação”, concluiu o sanfoneiro.
Em 2007, Beto foi um dos finalistas do Festival Internacional da Roland, que premia na Itália o melhor acordeonista do mundo. Aos 12 anos iniciou sua carreira musical, influenciado pelo seu avô Vitor, que tocava sanfona de 8 baixos e acordeon.
Já adulto, tocou acordeon para Jorge de Altinho e Alcymar Monteiro. Participou como instrumentista e arranjador em gravações de diversos músicos de forró, tais como Paulinho Leite, Nádia Maia e Xico Bizerra.