Hoje sindicatos e servidores manifestaram sua indignação contra a reforma da previdência, proposta pelo Prefeito João Campos.
Um grupo se reuniu defronte à prefeitura para protestar contra o gesto autoritário de João, que não ouviu a categoria e ainda tenta tramitar a reforma em regime de urgência. Não é à toa que os servidores estão chamado a reforma de “pacote de maldades”.
A Prefeitura do Recife propôs mudanças na Previdência municipal, com aumento de idade mínima através de um acréscimo de 5 anos de serviço para aposentadoria, além de um aumento na contribuição, elevando de 12,82% para 14% da alíquota previdenciária do município, o que atinge mais de 19 mil servidores estatuários.
A Delegada Patrícia aponta que “ano passado o ex-prefeito Geraldo Júlio deixou de recolher R$ 8,2 milhões à Reciprev, segundo apuração do Tribunal de Contas. A folha de pagamento dos comissionados continua gigante, o prefeito reduziu apenas R$ 78,00 dos milhões gastos com seus comissionados. Ou seja, o PSB deixou o buraco (e continua deixando) e quem vai tapar o buraco: o servidor”.
Ainda segundo ela, “as pensionistas que hoje recebem 100% do salário do familiar falecido passarão a receber apenas 65%. Pra quem não estiver satisfeito, o prefeito também lançou um plano de demissão voluntária. Ou seja, se ficar, o bicho pega e se correr, o bicho come”. “Essa conta não é do servidor. A saída mais justa e, inclusive, mais simples de enxugar gastos com pessoal seria reduzir a quantidade de cargos comissionados, mas o prefeito não quer abrir mão de seus ‘cabos eleitorais”.
A Delegada também citou o autoritarismo do prefeito João Campos que sequer ouviu os sindicatos e os servidores a esse respeito: “Uma reforma que altera direitos duramente conquistados ao longo de décadas, prejudicando milhares de servidores, sequer foi discutida com a categoria. O prefeito não ouviu ninguém, impôs sua vontade já dando o tom autoritário de sua gestão”.