Sigam as regras do jogo
A lente da história permanece estabelecida, organizada e sistematizada, tanto que a dividimos em dois períodos, “a.C e d.C”, marco para a organicidade de toda nossa sociedade, todavia, alguns grupos tornam-se desconhecidos, seu papel, seu comportamento, entretanto, não podemos negá-lo, por não conhecê-lo, afinal, assumem papeis públicos.
Grupos através dos tempos se estabelecem para comporem classes organizacionais, na época de Cristo um desses grupos era conhecido com “Fariseus”, e quem eram esses Fariseus, grupo austero, seguidor das Leis de Moises, se dedicava à observância rigorosa de seu cumprimento para o “Povo”, entretanto, as leis mosaicas não eram suficientes, existiam compêndios adicionais de “regimentos” criados por eles, com o intuito de proteger e aplicar para o povo, em todos os seus aspectos da vida, seu cumprimento civil, social, público e político.
Aparentemente pareciam ser bons, eram possuidores da verdade, mantinham a ordem pública perante a sociedade, mantendo a “Lei” e a “Ordem”, qualquer semelhança não é mera coincidência em nossos dias, sociais e nas “Câmeras” públicas espalhadas por toda nação.
Certo historiador judeu, Flavio Josefo, cita em seu livro História dos Hebreus, que os “Fariseus” tinham as massas de seu lado, isso nos parece semelhante em nossos dias? é uma grande responsabilidade ou um perigo, pois esses detentores da verdade, da “lei e da ordem”, podem cometer erros para com aqueles mais “ingênuos” que não conseguem se inteirar com essa mesma verdade, contudo, são conduzidos por sua pseudolegalidade.
Para maior parte dos Fariseus sua dimensão política desempenhava uma função decisiva em seus posicionamentos, constituía o mais elevado tribunal civil, exercendo seu papel como “porta voz do povo”, ao exercer o poder público, seus propósitos passam a ser obscuros, se tornando representantes inadequados da coisa pública, passam a lutar e a defender seus próprios interesses, pela escuridão secreta dos corredores e das salas na Câmara pública (Sinédrio/Municipal), infiltram-se para ser beneficiados, na forma da Lei, a mesma Lei que juraram solenemente, defender para o bem do povo, “raça de víboras”, atentem, pois nem todos que dizem Senhor, Senhor, herdará o Reino dos céus (Mt. 7:21).
Não nos enganemos, pois, podemos cair em dois erros igualmente graves, o primeiro é pensarmos que todos são bons samaritanos, defensores dos pobres e oprimidos, e o outro é acreditarmos que eles estão cumprindo com a Lei em prol desse mesmo povo.
Contudo, não estamos nos bastidores do poder, artimanhas podem nos fazer muito mal, em último caso “matar”, lembrem-se, foram eles que procuravam acusar Jesus, bolando planos na calada da noite, para matá-lo (Mt 12:14), vigiemos para as ciladas e garras do inimigo ele pode parecer bem humano, mas, seu interesse pode ser bem maldoso, lembre-se, ele nunca irá se achar igual a você, portanto, seja diferente dele, em meio aos que gritam na multidão, Barrabás! Barrabás! Barrabás!