Irregularidade ambiental: MPPE cobra fiscalizações periódicas para coibir acúmulo de lixo e criação de animais no entorno do Canal do Arruda   

Irregularidade ambiental: MPPE cobra fiscalizações periódicas para coibir acúmulo de lixo e criação de animais no entorno do Canal do Arruda   

Diante da situação de degradação ambiental identificada nas margens do Canal do Arruda, notadamente nas proximidades da unidade de saúde José Severiano, no bairro de Campo Grande, a 13ª Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente da Capital recomendou à Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife (Emlurb), à Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde (SEVS) e à Secretaria Executiva dos Direitos dos Animais (Seda) promover fiscalizações constantes para coibir a prática de irregularidades na região.

No caso da Emlurb e da SEVS, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) recomendou a realização de vistorias a cada 15 dias para coibir o descarte irregular de resíduos sólidos nas proximidades da Avenida Professor José dos Anjos, situada às margens do Canal do Arruda.

Já à Seda, o MPPE recomendou promover vistorias mensais, se possível com o apoio da Delegacia de Polícia do Meio Ambiente (Depoma), com o objetivo de coibir a circulação e criação de equinos nas proximidades do canal.

O promotor de Justiça Ivo Pereira de Lima ressalta, no texto da recomendação, que a degradação ambiental decorrente do acúmulo de resíduos e da criação irregular de cavalos em toda a beira do Canal do Arruda é objeto de um inquérito civil instaurado pelo MPPE no ano de 2020.

“Em atendimento a uma requisição ministerial, a Gerência de Vigilância Ambiental e Controle de Zoonoses do Recife comunicou, em 2021, a realização de uma inspeção zoossanitária no local. Na ocasião, houve a retirada dos animais e emissão de alerta aos seus tutores e responsáveis, notificando-os de que a manutenção dos animais nas margens do canal constitui irregularidade ambiental. Com relação ao lixo, uma equipe do Programa de Saúde Ambiental constatou que a população vizinha estava depositando lixo e materiais no local, apesar de os moradores terem afirmado que a coleta é feita regularmente no bairro, às terças, quintas e sextas”, descreveu o promotor de Justiça, no texto da recomendação.

Por fim, ele apontou que o Código do Meio Ambiente e do Equilíbrio Ecológico da Cidade do Recife determina a promoção de educação ambiental voltada à comunidade através das atividades dos órgãos e entidades municipais, cabendo a eles desenvolver campanhas educativas alertando a população sobre os desafios socioambientais em nível local e global.

Os órgãos municipais têm um prazo de 15 dias para informar se acatam ou não as iniciativas recomendadas, conforme descrito na recomendação, publicada no Diário Oficial do MPPE desta segunda-feira (25).    

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