A iniciativa partiu após graves denuncias do Movimento Não Vou Pagar. Nesse sentido, o MPPE, requer que sejam feitas construções de obras nos morros de Recife.
A Audiência Publica aconteceu na manha de hoje (8) na comunidade de Jardim Monte Verde no Ibura, onde se fizeram presentes Ministério Publico dos Direitos Humanos e a Promotoria Geral de Urbanismo da Capital, como também, a Defesa Civil do Estado e a Autarquia de Urbanização do Recife (URB), que tem a função de executar obras estruturadoras e serviços de engenharia com o objetivo de melhorar a qualidade de vida dos cidadãos do Recife. Lideranças comunitárias acompanhados pelo Dr. Otavio Lemos, advogado do Movimento Não Vou Pagar, também confirmaram presença na audiência, onde vem participando ativamente de todas as reuniões e ações promovidas pelo MPPE.
As denuncias foram feitas pelo movimento, logo após a prefeitura do Recife anunciar auxílios emergenciais para as vitimas das comunidades que foram mais atingidas pelas fortes chuvas. As vitimas na época alegavam que não estavam recebendo os auxílios prometidos.
Já passaram-se cinco meses da tragédia e muita gente ainda padece do descaso da prefeitura do Recife que só vem enrolando o povo, afirma Dona Dalva, liderança comunitária de Jardim Monte Verde.
Já o Dr. Otavio Lemos, Lembra que desde que protocolou as denuncias no Ministério Público, que as ações do órgão vem sendo bem atuante e bastante interessado em resolver a situação trágica dos moradores de áreas de risco, e que infelizmente não vem vendo o mesmo interesse da prefeitura do Recife.
São cinco meses da tragédia e ainda há muito o que ser feito para que as vitimas das fortes chuvas voltem a ter um mínimo de dignidade, acrescenta o advogado do Movimento Não Vou Pagar.
Levantamentos mostram que a prefeitura do Recife que desde 2013 a prefeitura do Recife não vem investindo devidamente em obras de urbanização. Conforme os dados, R$ 980 milhões foram disponibilizados para ações na Lei Orçamentaria Anual do Município e só R$ 164 milhões foram usados para os fins citados, ou seja, só 17% de investimentos usados.
A maioria da verba vem sendo usada para campanhas publicitárias da prefeitura do Recife nos períodos entre 2013 e 2021 (gestão de Geraldo Julio e João Campos).