O PL 2.630/2020 está dando o que falar. Por alguns é intitulado de PL das Fake News, por outros o PL da Censura.
Não quero entrar nesse mérito, mas fazer um alerta ao que está acontecendo.
Primeiro: há alguns anos vemos inquéritos intitulados pelo próprio ministro do STF de “Inquérito do Fim do Mundo” no qual, por si só, decidiu tipificar fake news como crime sem nem mesmo existir lei sobre o tema.
Segundo: mesmo com um governo conservador, vimos e ainda vemos conservadores presos por crime de opinião sem passar pelo trâmite legal. Além de contas de parlamentares de direita bloqueada, censuradas e sobre pena por crime de opinião. (PARLAMENTARES; CRIME DE OPINIÃO)
Terceiro: vimos uma eleição muito conturbada onde o judiciário foi fator preponderante para os resultados das urnas, e nada foi feito sobre isso, quem falava sobre o assunto era censurado e ou preso.
Quarto: vimos no dia 08 de janeiro pessoas presas sem nem mesmo participarem dos protestos e estão até hoje nessa situação com seus direitos básicos cerceados.
Então, precisamos refletir…
É realmente importante nesse momento institucionalizar a perda de nossa liberdade?
Por mais que muitos falam que é exagero ou fake o que tem circulado nas redes, eu venho lembrar uma coisa: leis deixam brechas e é nas brechas que as reais intenções aparecem.
E o que a obra de George Orwell tem a ver com isso? Na distopia “1984”, existe o chamado Ministério da Verdade, que seu objetivo era apagar a história incômoda e reescrevê-la.
O nome bonito é apenas ilusão, o que você poderá fazer quando a mentira for institucionalizada e a liberdade tirada e dada a quem “eles” desejarem?
Em uma era que é quase crime ser hétero, branco, homem, cristão e conservador um pingo transborda o copo e a censura seria apenas um motivo.
Mas não se engane, não será só esses grupos afetados, aqueles que são usados como massa de manobra também, porque no final, a luta não é pelo bem-estar, mas pelo poder e controle.
Os exageros e a vigilância não são nada em comparação a sermos obrigados a vivermos (TODOS, “TODAS E TODES”) em 1984.
Ravele Félix, estudante de Bacharelado em Ciência Política e Bacharelado em Relações Internacionais pela Uninter. Administradora do perfil Conservadorismo em Foco.