O PERIGO DA LINGUAGEM DE GENERO

O PERIGO DA LINGUAGEM DE GENERO

Nós não somos obrigados a adotar determinados discursos, e para isto temos o direito de liberdade de expressão. Com isso, vejo que não ser a favor de linguagem neutra me torne menos feminina ou até mesmo preconceituosa.

Países hispânicos por meio da Academia Espanhola reprovam essa adaptação lingüística, como também na França, que por meio da Academia Francesa, já se pronunciou a respeito e em nota declarou que “frente a essa aberração inclusiva a linguagem francesa está em perigo mortal”.

Aqui no Brasil o debate vem sendo robusto, porém o lado que vem ganhando é o que se baseia na norma culta brasileira. De toda forma, é comum ver pessoas em seus discursos ou pronunciamentos usando ”boa tarde a todos e todas, esquecendo que essa forma é uma redundância de termos, ou seja, a palavra “todos” já é suficientemente neutra e não precisa ser complementada.

Como explica a professora de língua portuguesa Cintia Chagas, “pessoas que não se identificam nem como masculino ou feminino se colocaram em movimentos pedindo que, por exemplo, a palavra menina fosse substituída por ‘menini’ e a palavra menino fosse substituída por ‘meninex’ “.

Isso parece ate bobagem, mas o que vem ocorrendo em nosso país é que escolas vem adotando o pronome neutro.

A professora, ainda salienta que, “que não há absolutamente nenhum respaldo cientifico lingüístico, ou seja, que o único respaldo que defensores de linguagem neutra usam são os emotivos e os ideológicos”.

É importante salientar que a língua portuguesa deriva do latim, que há a língua feminina, masculina e neutra. Na passagem do latim para o português o que houve é que a língua neutra se tornou masculino, ou seja, já cumprindo o papel de neutro.

Essa militância descompensada, não faz o menor sentido e o exemplo disso, é que algumas palavras que terminam com a letra “a”, muitas vezes não se referem necessariamente ao sexo feminino, como a palavra “dentista” que pode ser referente a um homem ou a uma mulher.

Percebam, como uma pessoa com dificuldades auditivas vai fazer a leitura labial se o interlocutor fizer a utilização da linguagem neutra? Como os deficientes visuais que utilizam software de leitura iriam traduzir esse tal dialeto?

Já pensaram nas crianças que tem transtorno de dislexia? Esse absurdo iria comprometer o aprendizado delas, ou seja, por conta de uma vaidade ideológica, iríamos dificultar ainda mais a vida dessas crianças.

Eu vejo isso como impossível de conviver e é importante frisar que não se trata de pensamentos preconceituosos, e sim de fatos amplamente fundamentados em defesa da norma culta e do respeito às crianças e as pessoas que possam ter algum tipo de dificuldade de adaptação.

O professor de psicologia da universidade de Toronto, Jordan Peterson, escritor do livro “12 Regras Para a Vida”, foi extremamente criticado por militantes de diversos seguimentos ideológicos, como também, os não binários.

Peterson se recusa a usar os nominais “Ze” e “Zir” no lugar de “She” e “The”.

Com isso, concluo que a diferença ente mulheres e homens não podem ser discutidos com pensamentos unicamente ideológicos, e é isso que movimentos feministas vêm fazendo ao longo do tempo. Essa associação de tirania ao masculino é péssimo ao desenvolvimento intelectual de jovens e crianças. O discurso narrado por movimentos feministas de que vivemos em uma tirania patriarcal não deve ser levado em consideração por quem de fato conhece a verdadeira historia de uma luta em conjunto, o exemplo disso foi a Revolução Industrial, onde homens e mulheres juntos lutaram por sobrevivência, pela criação de seus filhos e pela liberdade financeira, fatos estes, historicamente comprovados.

Olhar pela ótica que a luta teve sua vitoria em cooperação familiar, é de longe muito mais saudável que esse discurso de revolta feminista opressora.

Por Michelle Souza , Portal Cidade Livre.

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