As eleições de 2022 ainda estão distantes, mas esse movimento vem se intensificando em legendas variadas.
Diante do cenário atual, em que as pesquisas apontam real chance de disputa envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no segundo turno, os partidos mais ao centro lançam nomes na tentativa de testar potencial de voto.
É um processo ainda incipiente e bastante difuso. Desde a redemocratização, a evocada terceira via jamais conseguiu sair da teoria. No próximo ano, diversos atores políticos tentarão quebrar esse histórico. Alguns nomes surgiram nos últimos dias. Um deles é o da senadora Simone Tebet (MDB-MS), que tem obtido destaque pela participação consistente na CPI da Pandemia, mesmo sem integrar o colegiado. Presidente nacional do MDB, o deputado federal Baleia Rossi (SP) tenta viabilizar a correligionária na disputa.
Outro personagem exposto recentemente como pré-candidato é o comunicador José Luiz Datena (PSL). O presidente da sigla é o deputado federal pernambucano Luciano Bivar, que está trabalhando intensamente para que Datena vá adiante. A aposta é na sua popularidade construída há décadas no rádio e na TV, no que seria verdadeiramente um outsider. Em outras ocasiões, o apresentador ensaiou candidatar-se, mas sempre desistiu. Desta vez, está disposto.
Tanto MDB quanto PSL integram um grupo formado por nove partidos que têm dialogado de forma permanente para construir uma alternativa a Lula e Bolsonaro. Cidadania, DEM, Novo, Podemos, PSDB, PV e Solidariedade também compõem essa frente. Destes, o PSDB tradicionalmente lança presidenciáveis e hoje vivencia uma briga pública entre dois caciques: o deputado mineiro Aécio Neves e o governador paulista João Doria.
Os tucanos mais uma vez terão prévias para decidir quem será o candidato. Doria enfrenta resistência por ter um perfil considerado por seus pares como desagregador. Além disso, terá de vencer uma dura disputa interna com o governador gaúcho Eduardo Leite e, talvez, o senador cearense Tasso Jereissati.
Íntegra da coluna no blog de Magno Martins
Por Houldine Nascimento