Especial de Aniversário – 13 matérias sobre Camaragibe
Quando penso na história de Camaragibe, lembro de uma moça frágil, que vista pela ótica de um forasteiro que olha pro interior numa reflexão de melancolia, carregado de uma profunda exaustão, sentindo que tudo está perdido. É como ver a família ao lado sufocada de tantas agruras, tomado de um sentimento de impotência. A solução tá logo ali! E se fizéssemos assim?
Vejo uma pobre menina rica, escravizada por tantos desdéns, aprisionada por tantos reféns. É como correr sem sair do lugar, é como respirar sem ar.
Liberdade que nunca teve, alegria que nunca sentiu!
Vislumbra um amanhã de tantos sonhos…vivido por presentes de tantos pesadelos.
Analisando Camaragibe, enxergo contradições de uma luta desigual. Emancipada nunca foi, livre talvez nunca será. Menina que a cada ano festeja a libertação dos escravos, nunca conseguiu sorrir com a sua “libertação”.
Frágil, de saúde debilitada, não consegue correr. Prisioneira do mal, encarcerada por seus algozes, que miram suas riquezas como abutres famintos.
Madrasta má a acompanha. Megera cruel que não se acanha. Detentora do ódio, de artimanhas, não hesita em fazer suas façanhas para saciar suas demandas.
De sua riqueza se apossa, de sua fraqueza se apodera.
Camaragibe é uma moça que amarga sempre muitas derrotas, orquestradas pela união do mal, impostas pela mediocridade dos homens corruptos e negligentes, incompetentes e levianos, omissos e pilantras.
Sempre doente, com saúde debilitada, nunca recebeu a devida atenção.
Hoje o que tem são seus grilhões!
“E o trabalho não para”!