O crescimento urbano desordenado, caracterizado pela apropriação descontrolada do solo, sem o mínimo de controle do poder público, é só mais um dos diversos problemas que a cidade de Camaragibe sofre.
Mas, e se eu te falasse que esse problema é o responsável pela criação, bem como o agravamento das diversas adversidades que hoje a cidade é refém?
As consequências do crescimento urbano desordenado se medem a curto, médio e longo prazo. O crescente aumento no número de acidentes na cidade, motivado pelo trânsito intenso, carregado de violência e imprudência, é só mais um dos diversos exemplos práticos que vemos na cidade. A poluição, enchentes e ilhas de calor, também são outros.
Um dos mais graves, é o desmatamento, tendo como consequência o aumento das temperaturas e a perda da fauna e flora, visto que Camaragibe nunca foi tão desmatada como está sendo nos dias atuais. O desmatamento é um grave problema que, evidentemente, vai trazer graves consequências à atual geração e, evidentemente, as gerações futuras.
O Privê Vermont, área de preservação ambiental permanente, é só mais uma das diversas matas importantes localizadas na nossa cidade, onde está sendo tomada pelo desenfreado crescimento urbano desordenado. Em resumo, as ações antrópicas. Um fato intrigante, é que a prefeitura não tomou posicionamento algum, carregado de explicações. Pelo contrário: ignora o problema, como se não devesse explicações.
Mas, a qual secretaria cabe resolver esse problema?
A secretaria de meio ambiente. Entretanto, a secretaria até existe, mas não funciona da forma que deveria funcionar, ou seja, não funciona sozinha. Isso significa que ela está na mesma pasta que a secretaria de planejamento e serviços públicos. O secretário,Diego Cabral, formado em Administração de Empresas, já foi jogador de futebol, assessor parlamentar e gerente de atendimento da antiga Celpe, sequer ter formação na área ambiental, mas ocupa a pasta. E o seu adjunto, também, esse não convém nem comentários. Entre as três pastas, somente uma é priorizada: serviços públicos. O fato é que a secretaria de meio ambiente deveria, de forma urgente, estar como secretaria única e independente, sem junção de outras pastas. Dessa forma, teria a sua devida valorização. Inicial, é claro.
A pergunta final que eu, um adolescente comum de apenas 16 anos, escritor deste artigo de opinião, explicitamente te faço: O que restará para os nossos filhos e netos? qual cidade você deixará para eles?
E o mais importante: o que você, enquanto morador de Camaragibe, deixará de história?
Precisamos preparar, para a humanidade futura, um mundo melhor. Começando, é claro, por nós mesmos. Em seguida, a nossa própria localidade. Que não deixemos tudo virar pó e história, mas um museu de batalhas, que dê esperança e coragem para os que aqui já estão, mas também para os que virão. Venceremos.
